terça-feira, 25 de maio de 2004

Jogo Perigoso

Acabei de chegar. Foi um prazer estar contigo. Tenho o teu cheiro colado às minhas mãos Nunca me senti tão confusa como agora. Ou até já e não me lembro.
Morro de amores por quase nada.
Talvez seja melhor assim. Talvez seja, de facto, melhor que tu não me oiças, que não consigas ler os meus pensamentos, interpretar os meus sonhos, lidares com as minhas fraquezas e receberes os meus sorrisos.
Tu não consegues ver que a distância que pões entre mim e ti é uma distância imposta a ti, antes de mais nada. Uma distancia entre a tua vontade e a tua consciência. Enfim!
Ligaste-me de seguida (Ena!). Nem tempo tive de abrir a porta de casa. Quiseste expressar a tua vontade e por momentos minimizaste a tua consciência.
Falaste e falaste, praguejaste e soltaste gargalhadas. Parecias-me nervoso. Sorri e fiz de conta que acreditei na tua máscara. Respondi-te com naturalidade. Gaguejaste. Quiseste jogar e não conseguiste. Baralhaste-te e deixaste-me bem mais confiante e contraditoriamente, bem mais confusa.
Parece-me que andamos a jogar o mesmo jogo sem sabermos puxar muito bem os naipes em que estamos mais à vontade.

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