domingo, 23 de maio de 2004

SB

Entraste imponente por ali dentro. Rompeste entre a multidão, olhaste-me nos olhos e sorriste.
Qualquer palavra que pudesses dizer, era perfeitamente descabida daquela intensidade de sentimentos antigos e estranhos. E sabias tão bem disso quanto eu., por isso, e como tens a noção perfeita daquilo que deves sempre fazer, soletraste um olá, beijaste-me para eu sentir o teu cheiro e tu o meu e passaste o tempo todo a tocar-me, como se a minha pele te respondesse às perguntas que estavas ansioso por fazer.
Ensinaste-me que entre liberdade e a segurança, a grande maioria não escolhe a liberdade. E tens razão. A liberdade precisa, quase sempre, de coragem de lutar com o medo mesmo sem certezas de o vencer. E o medo existe sempre e a coragem é tão rara como o espírito que ama a liberdade.
Ensinaste-me que qualquer que seja o rumo de vida de cada um, há coisas, pessoas, músicas e sonhos que perduram pela vida inteira comos se tivessem impressas na memória.
E ensinaste-me mais um número infindável de coisas, que fez de mim aquilo que sou hoje. No bem e no mal.
Qual foi a parte que tu não entendeste?

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