quarta-feira, 31 de março de 2004

Minha querida amiga:

Hoje, quando cheguei a casa trazia o coração nas mãos e com uma batida que mais parecia daquelas que ouvi na sexta – feira no lux. Extraordinário!
Á espera de alguma coisa que me deixasse bem perto de Marte ou a caminho de Júpiter
Talvez me tenha viciado nesta forma terrivelmente cansativa de viver mas o que é certo é que não consigo parar. Não consigo estar quieta, deixar de sentir e acordar e pensar que a minha vida é cheia de nada porque não amo ninguém. É por isso que continuo a entregar-me, confiando mais no meu instinto do que no meu bom senso, nas minhas amigas, nos meus Pais e no resto do mundo que não é tão louco quanto eu.
Sinceramente pensava que a idade viesse atenuar qualquer coisa. Ilusão! Intensificou ainda mais a minha maneira de sentir as coisas, as pessoas e as situações. Pareço uma adolescente, é um facto!
Gosto que me diluam, gosto que me dissolvam. E nunca tenho medo daquilo que possa vir a sentir, prefiro sempre pensar com o coração, porque a cabeça não vale nadinha sem o coração e pensar não é tão vital nem tão delirante como sentir.
Por isso, minha querida amiga, vê lá se repensas a tua forma de lidares com esta nova etapa da tua vida, vive-a intensamente e acredita que não te vais cansar.
Na verdade, ando nisto desde que me lembro de estar na condição preciosa e oficial - a minha condição de MULHER e recomendo sem pensar duas vezes.
Quero-te muito bem, minha querida amiga...

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