quarta-feira, 17 de março de 2004

Zoira I

O tempo irrita-me. Há alturas em que não havia de haver tempos. Tempos para nada, para absolutamente nada.
Devíamos parar no tempo nem que fosse por alguns minutos. A mim dava-me um jeito do caneco. Parece-me que parava no tempo certo. Ficava lá uns minutos, saboreava de novo aquele momento, sorria naquele momento e aquele momento seria outra vez o momento da minha vida.
O tempo e os momentos têm uma relação estreita que me agrada, que me encanta e que me seduz, quando nesses momentos de um tempo qualquer eu sei que aprendi alguma coisa.
Mas o tempo não pára. Quanto a isso estou tão certa como na fé que tenho que Deus exista realmente. Por isso peço a Deus que me dê daqueles momentos que o tempo consiga perdurar pela vida inteira.

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