sexta-feira, 26 de março de 2004

Relembrar

Por mais rigorosos que sejamos, tudo o que fazemos são rascunhos de qualquer outra coisa e aprendi a ler no silêncio as palavras que te faltaram.
Aprendi que um dia destes vou chorar porque queria mais e mais tempo e o tempo não chegou, mas entretanto inevitavelmente, vamos achando que o tempo não faltará, porque tu também já não me fazes falta.
Aprendi a conhecer o limite onde acabava o que sentia e começava o que me pertencia.
Submeti-me a ti na exacta medida da capacidade que tenho em compreender a tua estranha forma de estar.
Não te julgo, nem a ti nem a ninguém. Apenas acredito, ou não, nas pessoas…

“Um homem também é aquilo, que escolhe não ser, ainda que o seja para o resto da vida.”

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