sexta-feira, 19 de março de 2004

Mau Feitio

Hoje acordei com os pés fora dos cobertores, o rabo virado para a lua e mal meti os pés fora da cama só me deu vontade de chamar nomes à quantidade de pessoas que me passaram pela cabeça em 5 segundos.
São daqueles dias, que mais valia não existirem mas visto bem as coisas, hoje até é sexta-feira, está sol e é dia do Pai e a coisa ficou melhor.
A passagem da manhã fez com que ficasse mais mansa, a vontade de rosnar passou-me e à hora de almoço pareceu-me que as coisas melhoraram progressivamente.
Depois do almoço veio a soneira habitual, e irritou-me logo pensar que os espanhóis têm sesta e que àquela hora estariam a ferrar um grande galho e eu a trabalhar que nem uma desalmada.
Houve uma regressão no meu estado de espírito. Voltei a meter a minha tromba de elefante, apeteceu-me novamente insultar as pessoas em que pensei de manhã e o barulho dos miúdos estava-me a meter à beira de um ataque de nervos.
Ao fim do dia, voltei para casa e descarreguei o meu nervoso nos automobilistas que fazem a mesma IC que eu. Apitei, barafustei e só não fiz gestos obscenos porque pensei antes de os fazer e vi que isso me ia ficar muito mal. Mas não foi por falta de vontade.
Lá cheguei a casa, lá tomei banho, porque isto de trabalhar com crianças sai-nos do corpo e da mente e lá fui até ao café. O banho, o fim-de-semana à vista, a Sílvia e a Cláudia, o café e a ausência do sexo oposto esvaneceram o meu mau feitio.
Isto de ser mulher agrada-me mas quando nós temos estes ataques o melhor é afastarem-se porque viramos onças. Deve ser por isto que não me caso. Nem a mim me consigo aturar quanto mais...

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