terça-feira, 14 de outubro de 2003

O amor visto de trás

Eu pessoalmente sempre achei que uma relação teria muito mais durabilidade e lógica se o cú fosse o núcleo duro do nosso intelecto.
E porquê dizes tu?
Estávamos sempre em pé de igualdade (neste caso, em cú de igualdade)
Todos os cus são iguais, uns mais bem acabados do que outros mas o molde é o mesmo para todos, seria pois uma relação de igual para igual (neste caso, como no 1º, de cú para cú)
O acto sexual seria vivido muito mais intensamente já que teríamos sempre uma opinião em cima do acontecimento, estando o cú tão perto (e sendo às vezes um dos protagonistas)
As zangas durariam muito pouco, já que não há melhor argumento numa discussão do que o mau hálito, sendo que quem o aplicasse primeiro poria um fim imediato à conversa já de si desagradável.
Em termos simbólicos haverá membro mais parecido com o coração do que o próprio cú? As semelhanças dos ventrículos com as nádegas são impressionantes, o que daria a óptima ilusão de que tudo o que disséssemos seria dito de coração na mão (neste caso como no 1º e 2º, de cú na mão, ou de coração no cú).
No estado actual é sempre dolorosa a separação: depressões, tristeza compulsiva, melancolia... é tão traumatizante que pode provocar vómitos. Se falássemos pelo cú tudo seria mais fácil, trocaríamos o vómito pelo simples acto de cagar no assunto.
Teríamos, é certo, que abdicar do linguado – ou french kiss, para ser + fino - já que seria fisicamente impossível consumá-lo, excepto para aqueles que sofrem de hemorróides. Mas seria imediatamente compensado pelo sempre romântico roçar dos lábios (estrias).
É sempre belo ver um casal a correr em direcção um do outro na praia com os pés a chapinhar na água iluminada pelo Sol poente, mas ver um casal correr em direcção um do outro com as calças na mão é transcendente.
O cu sempre foi um membro carismático. Há um mistério imponente que não é partilhado por mais nenhuma parte do nosso corpo, e é mais do que sabido que os grandes amores são sempre protagonizados por figuras carismáticas (Bonnye&Clyde, Onassis&Jacqueline, JCésar&Cleopatra, Ele&Ela...).
10º O amor entre dois cus dura para sempre. Amam-se profundamente mesmo de costas viradas.
A natureza falhou ao menosprezar o nosso próprio cú...e foi uma falha tal que se dá o paradoxo de não amando pelo cú, quando amamos é sempre um amor de merda.

Serpii

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